A psicoterapia é, antes de tudo um espaço de respeito, aceitação incondicional e abertura, onde o cliente pode se expressar livremente com a garantia de que não haverá julgamento. O psicoterapeuta não pode conduzir o processo com base nas suas crenças pessoais, porque entendemos que apenas o sujeito é capaz de compreender quais escolhas fazem sentido para sua existência.
Portanto você pode partilhar todos os assuntos com o psicoterapeuta. Muitas vezes no início pode existir vergonha ou desconfiança, mas com o passar do tempo e a construção do vínculo esses sentimentos são superados.
Na psicoterapia, a escuta é atenta e genuína, há uma entrega do psicoterapeuta e um estado de presença que permite uma aproximação empática. Através dessa escuta o psicoterapeuta faz intervenções que convidam o cliente a sentir com profundidade e compreender seu funcionamento.
Cada pessoa precisa ser ativa e responsável pelo seu processo psicoterapêutico pois a mudança acontece a partir da mobilização de recursos internos, a construção de auto-suporte e a superação de padrões. Esse trabalho acontece com a ajuda do psicoterapeuta, mas o cliente é o principal agente, nenhuma mudança acontece sem esforço pessoal.
Muitos assuntos são dolorosos e difíceis de serem partilhados com outras pessoas, mesmo com o psicoterapeuta. Não é errado não falar sobre eles na psicoterapia, mas é importante ter consciência da evitação e buscar construir o suporte necessário para enfrentá-los, contando inclusive com a ajuda do psicoterapeuta nesse processo.
Outro aspecto importante é lembrar que não é possível falar tudo em uma única sessão. Vivemos em constantes mudanças e num ritmo dinâmico onde muitas coisas acontecem entre uma semana e outra. Antes de começar a sessão, busque fechar os olhos, respirar profundamente e se conectar com seus sentimentos, eles serão o guia para o tema a ser trabalhado. Quando você se permite confiar nas suas sensações e sentimentos, todo o resto flui.
Aproveite o tempo da terapia como um espaço de cuidado com você.